Missão
Conservar e Recuperar as Áreas Naturais do Balneário de Manguinhos e seu entorno. Promover e divulgar a cultura local preservando-as para as gerações atuais e futuras.
Histórico da Situação Ambiental
É formado por praias de águas calmas, com recifes e piscinas naturais. Esta região era tradicionalmente uma vila de pescadores artesanais que obtinham sua renda através da venda de peixes e frutos do mar. A degradação do ambiente e a entrada dos grandes pesqueiros provocaram sobre-explotação do pescado fazendo com que os pescadores da região perdessem sua principal fonte de renda.
O balneário ainda mantém ruas sem calçamento e utiliza sistema de fossas sépticas. Possui fragmentos de restinga responsáveis por diminuir a erosão provocada pela movimentação marinha. Atualmente possui grandes áreas com fragmentos de restinga bem preservados.
A partir de 2001, quando foi instituída através de uma eleição do Centro Comunitário de Manguinhos, a Comissão de Meio Ambiente surgiu para buscar alternativas de conservação para o litoral da região. Os atrativos relativos à beleza cênica do local, vinculados a especulação imobiliária e um plano diretor de urbanização inadequado para a região incentivaram o crescimento desordenado do bairro.
Manguinhos está localizado à 24 km da capital do estado, á dez km da ArcelorMittal Tubarão.
Durante o crescimento do bairro, foram construídas casas à beira-mar, e na borda dos rios, alagados e lagoas que margeiam a região, sem respeitar as limitações exigidas pela lei de proteção de áreas de preservação permanentes, como é o caso das áreas de restinga e das matas ciliares no entorno dos rios.
A floresta de restinga que possuía grande biodiversidade se tornou muito degradada. A maioria dos moradores da região desconhece as espécies nativas e suas utilidades para saúde e a alimentação humana.
Histórico da Constituição da Comissão de Meio Ambiente de Manguinhos:
Inicialmente a Comissão de Meio Ambiente da Associação Comunitária de Manguinhos propôs discussões para divulgar à comunidade os problemas descritos acima. Além disso, promoveu diversas atividades relacionadas à educação ambiental, tais como: a Caminhada Limpa (2001), Naturarte 1 e 2 (2001 e 2002 ), contando inclusive com a parceria da ArcelorMittal Tubarão, Cesan, Prefeitura Municipal de Serra em alguns destes eventos.
Em trinta e um de julho de 2005, visando incrementar as ações ambientais, a Comissão sentiu necessidade de ter autonomia e personalidade jurídica próprias, criando assim a Com Manguinhos – Comissão do Meio Ambiente de Manguinhos, que manteve este nome por já ser conhecido nos movimentos culturais e ambientais.
Como Organização Não Governamental, a Com Manguinhos realizou o Programa Rio Guaxindiba lançado em setembro de 2006, visando a recuperação e enriquecimento da vegetação no entorno do Rio Guaxindiba – que divide Manguinhos de Bicanga.
Além disso, participou de diversos eventos de cunho ambiental como a mostra cultural do município de Serra, a exposição da Ales em 2006 e O Dia Verde de Bicanga em 2008. Desde 2001 compõe a Coordenação Administrativa do Fórum das ONGs do Estado do Espírito Santo. Participa também da Rede de ONGs da Mata Atlântica, e do Conselho Nacional de Meio Ambiente. É membro da Asambiental – Associação das Entidades Não-governamentais Ambientalistas do Estado do Espírito Santo.
No início de 2008 conseguiu em parceria com a AEST desassorear a lagoa do Recanto dos Profetas – Manguinhos
Situação Atual da Instituição – Comissão de Meio Ambiente de Manguinhos
Atualmente a sede da instituição se localiza na residência do presidente do Conselho de Administração da Com Manguinhos. Parte dos equipamentos utilizados para os trabalhos foram cedidos pelos associados e apoiadores do projeto.
Foi construído um viveiro de mudas, em um terreno alugado por 4 anos, a partir de 2008. Sua estrutura está em constante aperfeiçoamento. Seu objetivo é produzir mudas de restinga para recuperação e enriquecimento de áreas degradadas e para venda a terceiros.