Veja abaixo algumas das espécies presentes na vegetação de restinga e facilmente encontradas em Manguinhos.
Abaneiro
Essa espécie possui importância significativa em determinadas formações vegetais de restinga, tendo sido utilizada até mesmo para dar nome a uma dessas comunidades: a "Formação Aberta de Clusia", onde a mesma aparece, invariavelmente, no centro de cada uma das moitas que constituem esse mosaico vegetacional.
Aroeira
Arbusto ou árvore pequena, com. 7m de altura, caule tortuoso e casca pardo-vermelho-escura, muito fendida. Folhas alternas, alado-pecioladas, compostas, com três a cinco folíolos sésseis, oblongo-espatulados, coriáceos, glabros. Flores verde-amareladas, pequenas, pubescentes, dispostas em panículas.
Bromélia
Herbácea epífita, perene, rizomatosa, robusta, de folhagem e florescimento decorativos, de 60-90 cm de altura. Folhas longas, rijas, laminares, verde-claras, côncavas, basais e em roseta, sem espinhos nas margens.
Guriri
Palmeira de pequeno porte muito comum nas restingas do Espírito Santo, o guriri, como é popularmente conhecida, ocorre desde a formação pós praia até áreas abertas mais distantes da linha de praia, apresentando diferentes graus de adensamento e podendo, inclusive, dominar a paisagem originando uma comunidade vegetal conhecida como formação, Palmae.
Pitangueira
A conhecida pitangueira é uma espécie bastante comum nas restingas, onde ocorre com certa diversidade de hábitos: quando cresce próximo à linha de praia, na formação pós-praia, apresenta-se normalmente como um sub-arbusto rasteiro devido à forte influência do "spray salino". Já quando encontra-se mais afastada da linha de praia, desenvolve-se como arbusto ereto. Produz grande quantidade de frutos muito apreciados pelo homem e por outros animais, principalmente aves.
Japecanga
Espécie trepadeira que apresenta muitos espinhos. Ocorre em diversas formações vegetais da restinga, principalmente em bordos de moitas e áreas bem iluminadas. Seus frutos, arredondados e lembrando pequenas jabuticabas, possuem uma em seu interior uma polpa de coloração vinosa viva que é utilizada como tintura por comunidades indígenas.
Ipomeia
Bastante comum na formação psámofila-reptantedas restingas de todo o país, essa espécie é uma das que, pelo hábito de crescimento rasteiro, deu nome à formação vegetal onde ocorre mais freqüentemente. I. littoralis aparece muitas vezes associada a I. Pes-caprae, podendo ser facilmente diferenciada desta última por apresentar flores brancas, bem diferente das flores róseas de I. pes-caprae.
Calda da Praia
Esta espécie de cacto é muito comum nas restingas do Espírito Santo e também produz frutos comestíveis que servem de alimento para os pequenos “calangos” da restinga que são seu dispersor natural. A polpa dos frutos é branca e pode-se perceber, nitidamente, a presença de um grande número de pequenas sementes negras e arredondadas.